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Para Gilberto Dimenstein, “empreender é parte da solução para a crise”

Jornalista ministrou uma das palestras magnas da 23ª Feira do Empreendedor

O jornalista Gilberto Dimenstein ministrou, na tarde desta quarta, 26, a segunda palestra magna do primeiro dia de programação da 23ª Feira do Empreendedor. Promovido pelo Sebrae no DF, o evento ocorre no Taguaparque, em Taguatinga, e deve receber mais de 18 mil visitantes até domingo, dia 30, quando se encerra.

Dimenstein, cuja carreira de jornalista se confunde com a de empreendedor social – uma vez que nasceram de ideias dele projetos como o Bolsa Escola e o Bolsa Família –, falou sobre o tema “Como vencer crises com ideias criativas e inovadoras”, fazendo um panorama da própria carreira.

Há cinco anos, ele criou o Catraca Livre (https://www.catracalivre.com.br/), que nasceu como um portal de Jornalismo sobre serviços acessíveis ao grande público e se tornou uma grande plataforma de conteúdo. Atualmente, ela é a segunda página do Facebook com maior engajamento em todo o mundo – com 5 milhões de curtidas. Baseando-se nessa experiência, ele afirmou que a capacidade de empreender não responde apenas por manter uma empresa ou gerar dinheiro, mas, sim, de ter atitude – sobretudo, imaginar soluções criativas para problemas que todos vivem.

Desenvolvido em Harvard, quando o jornalista passou uma temporada nos Estados Unidos, o Catraca Livre abarca, por exemplo, sites para estimular caronas coletivas, compartilhar de roupas e divulgar programas culturais gratuitos em São Paulo. “É um modelo de negócio social que foi criado para o cidadão ter mais poder; que comunica para ‘empoderar’ as pessoas”, definiu Gilberto Dimenstein. “Cada empreendedor, diante de um problema, encontra a solução. A gente consegue soluções sem grandes investimentos. Nós podemos ser a própria solução; todo mundo pode ser parte dela”, teorizou o jornalista.

Ele afirmou, ainda, que são características intrínsecas do empreendedor saber lidar com erros e com o imprevisível. “Essas são questões fundamentais”, asseverou. Instigado pela plateia, o jornalista disse que é preciso criar, no Brasil, uma educação para a resiliência – o que, para ele, significa “educar para o empreendedorismo”. “É preciso ensinar a pessoa a ser parte da solução”, completou.

Além dessa questão da formação, ele listou como dificuldades enfrentadas pelo empreendedor brasileiro a alta carga de impostos, a burocracia e as legislações trabalhista e tributária. “O empreendedor brasileiro tem uma característica fantástica que é ser flexível e viver com crise há muito tempo. A dificuldade é que vivemos em um país que não é empreendedor”, lembrou o palestrante. “Em momentos como este, da Feira do Empreendedor, ele troca informação, participa de palestras e se informa. O Sebrae, em si, já proporciona um estímulo maravilhoso”, completou.

Além de Gilberto Dimenstein, o primeiro dia de programação da 23ª Feira do Empreendedor teve a palestras de Rodrigo Minotouro e do repórter Cleiton Conservani. Mais oito palestras estão na programação, com nomes como Max Gehringer, do velejador Lars Grael e do especialista em Qualidade de Vida Márcio Atalla.

Fonte: Redação.

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