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Da carteira assinada ao CNPJ: desafios e oportunidades na gig economy



O que considerar antes de sair do CLT para empreender

A transição do regime de trabalho com carteira assinada (CLT) para o empreendedorismo tem se intensificado no Brasil, impulsionada pela expansão da chamada "gig economy" — modelo econômico baseado em trabalhos temporários ou sob demanda. Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indicam que, até março de 2025, foram abertos 1.407.010 novos CNPJs.

Rafael Caribé, CEO da Agilize Contabilidade, ressalta que a decisão de migrar do emprego formal para o empreendedorismo requer uma análise criteriosa dos aspectos fiscais e contábeis envolvidos. 

"É fundamental que o profissional compreenda as implicações tributárias dessa mudança, considerando fatores como regime de tributação, obrigações acessórias e planejamento financeiro", afirma Caribé.

O crescimento expressivo no número de empresas reflete uma tendência de busca por maior autonomia profissional. Em 2024, o Brasil registrou a abertura de mais de 4,15 milhões de pequenos negócios, superando o recorde anterior de 3,94 milhões em 2021 . Esse movimento evidencia a necessidade de suporte adequado para que os novos empreendedores possam se estabelecer de forma sustentável.

Nesse contexto, a contabilidade online tem se mostrado uma ferramenta eficaz para auxiliar na formalização e gestão dos negócios. "Plataformas com tecnologia oferecem soluções que simplificam processos burocráticos, permitindo que o empreendedor foque no desenvolvimento de suas atividades", destaca Caribé.

Segundo o CEO, a decisão de empreender deve ser acompanhada de um planejamento estratégico que leve em conta não apenas os aspectos operacionais, mas também as obrigações legais e fiscais. 

“A orientação de profissionais especializados pode ser determinante para o sucesso nessa nova jornada profissional”, alerta.

Rafael Caribé também destaca a importância da formalização como passo essencial para o crescimento sustentável de qualquer negócio.

 "Ao se formalizar, o empreendedor não apenas se adequa às exigências legais, mas também ganha acesso a benefícios como melhores condições de obtenção de crédito, critérios para atender clientes maiores, abertura de conta jurídica, proteção da pessoa física, e possibilidade de participação em licitações. Isso pode representar o início da escalada de uma pequena empresa rumo à consolidação no mercado", conclui o especialista.


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