Allen Habert*
O Rio de Janeiro mais uma vez será o palco de uma iniciativa singular e ousada. Em junho próximo se coroa o esforço de um conjunto de mais de 100 entidades associativas, sindicais, empresariais, conselhos, universidades da engenharia, arquitetura, geologia e agronomia que se uniram e reuniram para oferecer a construção de um movimento que pretende e fará a diferença. É o lançamento do Fórum da Engenharia Nacional.
Esta caminhada concebida em 2021 foi sendo projetada e consegue agora colocar-se em pé de forma unitária e democrática. Este cobertor de Penélope vai sendo costurado através de um fio invisível que une dinamicamente o movimento, um rio caudaloso com as entidades ancoradas pelas suas margens. Este rio tem barreiras e percalços que tem que contornar e superar rumo ao mar.
A ideia de alcançar em 2050 uma Nação forte e soberana passa por disputar o campeonato hoje da aceleração do desenvolvimento sustentável com distribuição de renda, aumento da produtividade tendo como centro o protagonismo da engenharia, ciência e inovação.
Esta primeira Reunião Anual do Fórum da Engenharia Nacional inaugura uma nova etapa na história da batalha secular e renhida em curso pelo planejamento e projeto nacional de desenvolvimento sustentável e soberano do País. Mostrar que mais engenharia significa melhorar a qualidade de vida para todos.
As 52 guerras em curso este ano pelo mundo tensionando as placas tectônicas,as disputas entre países e blocos econômicos com as incertezas e ameaças em vários tons de cinza, colocam novas oportunidades alvissareiras para o Brasil.
Enxergar o curso do rio além das montanhas mostra que é possível dar um salto no combate ao mar de pobreza que assola grande parte do povo brasileiro e conquistar uma nação mais justa e forte.
Do grão ao avião, do prato de comida ao satélite por onde se passa tem trabalho de engenharia e dos seus profissionais.
O lançamento do Fórum da Engenharia Nacional é um acontecimento histórico e necessário para se conquistar a 1ª Conferência Nacional da Engenharia em 2025/26. Para se debater democraticamente, propor políticas públicas e programas como o Mais Engenharia. Será a grande Constituinte da Engenharia, Arquitetura, Geologia e Agronomia para redescobrir e conhecer os anseios, aspirações e as propostas dos mais jovens aos de cabelos grisalhos e brancos.
Um grande projeto para uma nova etapa.
*Allen Habert,engenheiro de produção, mestre pela EPUSP-Escola Politécnica da USP foi membro do Conselho Universitário da Unicamp e presidente do Sindicato dos Engenheiros no ESP. É diretor da EngD -Engenharia pela Democracia e coordenador do Fórum da Engenharia Nacional.
Inscrições para o evento híbrido gratuito do Fórum da Engenharia Nacional dias 02 e 03 de junho através do www.forumengenharia.com.br.