Assessoria de Imprensa na política: quem não pauta, é pautado

 Hellen Quida

Uma blindagem estratégica da reputação ajuda a controlar a narrativa na comunicação pública

Na carreira política, existe um fato que ninguém escapa: a imprensa vai falar do seu mandato, queira você ou não. A questão central é quem conduz a narrativa? Quando a comunicação oficial falha, abre-se espaço para ruídos, crises e narrativas distorcidas que corroem a credibilidade da gestão e, sobretudo, a imagem do gestor.


É nesse ponto que a Assessoria de Imprensa assume papel estratégico na comunicação política. Diferente de campanha ou publicidade, sua função é institucional, regida pelos princípios da impessoalidade, da legalidade e da transparência. Ela não é autopromoção, mas sim com a obrigação de informar a sociedade, prestar contas do trabalho e consolidar a credibilidade tanto do gestor, quanto da instituição que têm imagens associadas.


Hellen Quida, jornalista há 25 anos no mercado de Assessoria


Ignorar essa frente da comunicação é entregar o controle da sua reputação para terceiros. E a consequência costuma ser dolorosa: crises ganham proporções maiores, fake news encontram terreno fértil, dados incompletos viram manchetes e a população forma opinião a partir de versões que não traduzem o trabalho real do gestor público.


Uma assessoria estruturada não se resume a “mandar releases”. Ela organiza informações oficiais, atende a imprensa com agilidade, propõe pautas, prepara entrevistas e monitora diariamente o noticiário. Além disso, atua como radar de crises, coordena respostas institucionais e estabelece protocolos claros sobre o que dizer, como dizer e quem deve falar em momentos delicados.


Uma Assessoria de Imprensa bem feita torna-se uma blindagem estratégica: protege a reputação, fortalece a confiança da população e garante que o trabalho da gestão/gestor seja percebido em sua totalidade, e não apenas nas versões parciais que circulam sem controle.


Em tempos de hiperconexão e velocidade digital, subestimar o papel da Assessoria é um erro grave. Reputação não se sustenta apenas em bons projetos ou presença nas redes sociais. Ela exige método, rotina e estratégia na relação com os veículos de comunicação.



A regra é clara: informação oficial organizada é a única forma de garantir que a história de uma gestão seja contada com precisão. Na política, comunicar bem não é opção é dever. E quem não o faz, coloca sua reputação em cheque, a cada nova manchete nos jornais.


Aula gratuita sobre o tema aqui: https://youtu.be/ON2WZ6C_yag?si=LHBFJcxc-4Sb1wI_


Hellen Quida

Jornalista e professora atuante na área de Comunicação Eleitoral e Marketing Político desde 2000. Hellen trabalhou como Coordenadora de programas de Rádio e TV para horário eleitoral, Assessoria de Imprensa e Coordenação de Gestão de Mídias Sociais em campanhas eleitorais e gestão de mandato. Campanhas vencedoras de vereadores, prefeitos, governadores, senadores e deputados.

Também atuou como redatora, repórter, direção de locutores e estrategista. Foi professora na Pós-Graduação da Faculdade Estácio de Sá.


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