Médico alerta que a obesidade aumenta o risco de hipertensão

 Especialista explica que doença pode ser evitada com mudanças no estilo de vida

No dia 26 de abril, data em que é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, especialistas reforçam que a obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da pressão alta. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição afeta cerca de 1,3 bilhão de pessoas no mundo, que convivem com a pressão alta e muitas sem saber. 

O médico e especialista em nutrologia Valdecy Neto explica como o excesso de peso contribui para o avanço da doença. “O excesso de peso está diretamente associado ao aumento da pressão arterial. A gordura acumulada no corpo, especialmente na região abdominal, piora a saúde cardiovascular e aumenta a probabilidade do risco de pressão alta”, explica.

De acordo com o especialista, a hipertensão é conhecida como uma “doença silenciosa”, por não apresentar sintomas evidentes em muitos casos. No entanto, seus efeitos podem ser graves, incluindo infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e insuficiência renal. “Muitas vezes o paciente só descobre que tem pressão alta após uma crise. Por isso, a prevenção e o acompanhamento médico são tão importantes”, reforça Valdecy.

A obesidade, além de aumentar os riscos de hipertensão, também está ligada a outras doenças crônicas, como diabetes tipo 2, asma, problemas ortopédicos, aumento do colesterol e, de acordo com estudos recentes, a pelo menos 13 tipos de câncer.

Para o médico, combater o excesso de peso não é apenas uma questão estética, mas de saúde pública. “A obesidade precisa ser tratada como uma condição médica séria. Mudanças na alimentação, prática regular de atividade física, controle do estresse e monitoramento da saúde são passos fundamentais para quem quer viver mais e melhor”, orienta.

O médico ainda destaca que pequenas atitudes podem gerar grandes resultados. “Cuidar da saúde cardiovascular é uma forma de garantir qualidade de vida a longo prazo. O corpo responde aos cuidados, e o coração agradece”, finaliza.